Um casal, suspeito de estuprar e matar uma menina de dois anos, foi preso nesta quinta-feira (1) na cidade de São Francisco de Itabapoana, no Norte Fluminense. A criança morreu após dar entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Guarus, em Campos Goytacazes, na quarta-feira (31).
O laudo pericial apontou que ela foi vítima de abuso sexual e espancamento. A confirmação foi feita pela delegada Madeleine Farias da 146ª DP (Guarus), que chefiou a prisão. O suspeito de espancar e matar é o padrasto da criança. A mãe também foi presa por omissão de socorro.
Segundo a delegada, a causa da morte foi hemorragia interna causada pelo rompimento do fígado e do baço. As investigações apontam que a menina apresentava lesões diferentes, produzidas em dias anteriores ao da morte.
“Os peritos confirmaram, através do laudo pericial, que a menina foi abusada recentemente. Houve rompimento de hímen e fissura recente no ânus, mostrando que ela foi abusada. E, o laudo demonstra que ela foi espancada. A morte dela foi em decorrência de uma hemorragia contundente pela laceração do fígado e do baço da menina. Ou seja, ela foi espancada, a gente não sabe se com chute ou instrumento contundente, mas não há dúvidas de que ela foi abusada e espancada”, disse a delegada.
A Civil informou que a mãe comunicou que saiu de casa para ir a uma mercearia e deixou a criança com o companheiro. No entanto, ela teria informado a enfermeira que teria visto a filha cair no banheiro e, junto com o marido, buscou ajuda. A queda teria acontecido dentro de casa, localizada no bairro Aeroporto.
De acordo com a polícia, a mãe informou que não estava em casa porque tinha ido à mercearia, deixando a criança com o companheiro, mas ela também teria informado a enfermeira, no primeiro momento, que teria visto a filha cair no banheiro e que junto com o companheiro buscou ajuda.
A criança chegou na UPA na noite de quarta-feira (31) apresentando uma parada respiratória e com crise convulsiva. Mesmo com a equipe médica tentando reanimá-la, a menina não resistiu. Segundo a Civil, os médicos que a atenderam informaram que a criança tinha escoriações no nariz, quadril esquerdo, face, pescoço, costas e edema temporal no lado esquerdo do crânio.
Uma toalha com fezes foi encontrada no banheiro da residência. O Instituto Médico Legal (IML) constatou que houve estupro. Os suspeitos ficarão presos à disposição da Justiça.
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